quarta-feira, 29 de agosto de 2018

MARVELS

Em 1993, a retratação realista do Universo Marvel elaborada por Kurt Busiek e Alex Ross em Marvels rapidamente se tornou um dos maiores sucessos em quadrinhos da década. Colecionando incontáveis elogios de críticos, fãs e colegas de profissão, a série recebeu as maiores honrarias da indústria com três prêmios Eisner em 1994. 

Este volume de 240 páginas contém MARVELS 0 a 4.

Nesta memorável edição, Marvels é apresentada em formato exuberante, reunindo todas quatro edições da série original — mais a história do Tocha Humana publicada em Marvels 0, notas de produção, o livro de esboços de Ross e bastidores da produção. 


Uma visão histórica e ricamente pintada de todo o Universo Marvel, Marvels cobre desde a primeira aparição do Tocha Humana, em 1939, até a temível chegada do devorador de mundos, Galactus, culminando com a chocante morte de Gwen Stacy, o primeiro amor do Homem-Aranha. Embora essas histórias possam ser familiares para os fãs da Marvel, elas jamais foram relatadas desta maneira: não pela perspectiva do herói, mas pelos olhos do homem comum chamado Phil Sheldon. 


Dentro do Universo Marvel, heróis como o Homem-Aranha se balançam de telhado em telhado enquanto os Vingadores voam bem alto nos céus. Essas figuras, abençoadas com fantásticas habilidades sobre-humanas, estão sempre prontas a combater os vilões que ameaçam seu mundo. Contudo, vivendo à sombra desses ícones extraordinários existem homens e mulheres que veem as “Maravilhas” com um misto de medo, descrença, inveja e admiração. Entre eles está Phil Sheldon, um fotojornalista nova-iorquino que dedicou sua carreira a cobrir os feitos desses superseres e seu impacto na humanidade.

sinopse

Antes de ir cobrir o conflito na Europa, o jovem fotógrafo Phil Sheldon presencia, em Nova York, um evento para lá de científico: a criação de um andróide flamejante, o Tocha Humana. Sheldon sente que está acontecendo algo diferente e extraordinário na cidade e desiste de atravessar o Atlântico. E sua intuição prova estar certa: nos meses seguintes a cidade vê aparecer vários super-seres, os "Marvels", como o jornalista os chama. Décadas após o fim da Segunda Guerra, Phil Sheldon, agora casado e pai de família, presencia em Nova York uma nova geração de "Marvels": Quarteto Fantástico, Thor, Hulk, Homem-Aranha, Homem de Ferro e até mesmo a volta de Capitão América e Namor. Mas uma nova raça de seres poderosos, os mutantes, provoca dúvidas e medo: serão os X-Men amigos ou inimigos? Sheldon se vê num dilema moral quando uma garotinha mutante pede asilo em sua casa.

AMERICA FLAGG

Publicada originalmente no início da década de 1980, ''American Flagg!'' conta a história do ranger Reuben Flagg enquanto navega por uma paisagem americana que, em retrospecto, parece mais profética a cada ano que passa. Flagg!, em estilo e conceitos, alimentou o gênero literário cyberpunk, que desde então irrigou todo o panorama da cultura popular, dos quadrinhos e jogos de computador aos filmes e programas de televisão. 

– Michael Chabon, vencedor do prêmio Pulitzer, As Aventuras de Kavalier & Clay "… quando descobri a obra de Howard Chaykin — criador, escritor, artista e designer extraordinário —, seu trabalho em American Flagg! mudou para sempre minha visão do que eram os quadrinhos e, mais importante, do que poderiam ser. 

– Jim Lee, Superman e Batman A visão de Chaykin de um futuro saturado pela mídia, politicamente polarizado, foi profética, levando direto à atual fixação da América com reality TV." – Jeff Jensen, Entertainment Weekly


O livro contém as edições 1 a 12 da série original, completamente restaurada e apresentada em um único volume pela primeiríssima vez, além de uma nova história de Howard Chaykin, escrita e ilustrada exclusivamente para esta edição.


Howard Chaykin é considerado um dos arquitetos seminais do quadrinho moderno norte-americano. Foi um pioneiro do formato graphic novel. Howard criou as premiadas e influentes American Flagg! e Time2, bem como desconstruiu vários personagens da grande indústria, mais destacadamente em O Sombra e Falcão Negro.

MARVEL KNIGHTS

No final de 2003, a Marvel anunciava o lançamento de uma revista com o Quarteto Fantástico do Universo Ultimate (escrita pela dupla de peso Brian Bendis e Mark Millar), enquanto no Universo Tradicional, trocava a badalada equipe criativa da revista regular – escrita por Mark Waid e desenhada pelo já falecido Mike Wieringo – pelos novatos Roberto Aguirre-Sacasa e Steve McNiven.

Contudo, como a reação dos fãs foi extremamente negativa, o então Editor-Chefe Joe Quesada voltou atrás e decidiu recontratar a dupla Waid-Wieringo para o título tradicional. A essa altura, no entanto, a “nova-velha” dupla Sacasa-McNiven já havia produzido material e, para não desperdiçar essas histórias e romper o contrato, a editora apostou em uma terceira revista mensal estrelada pelo Quarteto. Nasceu, assim, a “4” (Four) que, por ter um enfoque diferenciado, distante do atribulado universo regular e suas grandes sagas interligadas, saiu sob o selo Marvel Knights, na época utilizado em títulos com maiores liberdades criativas e histórias fechadas, ou “independentes”.


A leitura desta edição é fluida, agradável, sempre com situações interessantes. A arte é quase sempre muito bonita e, graças ao papel couchê, finalmente ganha o brilho das cores e detalhes que merece, ao contrário da primeira vez em que foi publicada, na finada revista Marvel Apresenta (em 2005). O título Marvel Knights: 4 teve uma boa duração nos EUA, gerando 30 edições entre abril de 2004 a agosto de 2006, todas escritas por Roberto Aguirre-Sacasa, até então um promissor autor de peças de teatro mas inexperiente com HQs. Pelo trabalho, ganhou um prêmio Harvey por “Melhor Novo Talento”. Posteriormente, ele ainda escreveria uma revista solo do mutante Noturno (inédita no Brasil), várias aventuras do Homem-Aranha e uma adaptação para os quadrinhos dos romances The Stand de Stephen King. Na Televisão, escreveu capítulos e foi co-produtor das séries Glee e Big Love.

Marvel Knights: 4 – Jogados aos Lobos tem 168 páginas em papel LWC e capa cartonada.

Sobre esta edição, chamada “Jogados aos Lobos” e que compila as 7 primeiras revistas da série, acompanhamos o Quarteto em uma situação completamente atípica: enganados por um contador inescrupuloso, a equipe se vê, de um dia para o outro, completamente falida. Sem recursos, precisam abandonar o icônico Edifício Baxter e procurar empregos para pagar aluguel, cama e comida! O autor consegue, ao longo das 4 primeiras histórias, explicar com certa coerência as razões que levaram a esse momento delicado, mas centra foco – acertadamente – nas relações entre os membros da família, desenvolvendo brilhantemente as personalidades de cada herói, especialmente Sue Storm, por sinal belissimamente ilustrada por McNiven. Além dela, vemos momentos interessantes com todos os membros da “família fundadora” (um dos apelidos da equipe, por ter sido o primeiro título da Era Marvel), em diálogos ponderados e sem excessos. Não há batalhas com super-vilões mas, acredite, eles não fazem a menor falta. 

Em seu traço, a Mulher Invisível ganha confiança, jovialidade, elegância e sensualidade

Sai uma história sobre super-heróis e entra uma história sobre FAMÍLIA. Sobre como uma família deve se manter unida nos tempos difíceis. Sobre como família está muito além do sangue e que você fará tudo por ela, como Stan Lee o fez em 1961, quando cogitou largar os quadrinhos, sua paixão, para mudar de carreira e ter dinheiro para sustentar a sua família. Sobre o quão difícil, demorado e custoso é fazer a coisa certa, mas que no final tudo compensa.  Não há como não se emocionar com Sue tentando fazer com que a família não se desmorone, com Johnny finalmente caindo na real, com Reed se fechando para tentar descobrir como vencer o mercado financeiro e com o Ben derrubando os cafés de seus colegas da construtora no chão após impedir alguns assaltantes de banco. As 3 histórias que fecham o encadernado, contudo, apresentam uma situação que clama por uma atuação mais heróica dos personagens, com inimigos que transitam dentro do habitual da equipe, mas ainda assim de um modo completamente inovador e até cômico.  

Roberto Aguirra-Sacasa e Steve Mcniven nos trazem uma excelente história. De uma sensibilidade muito grande. Se Roberto traz essa sensibilidade nos roteiros, Steven, com seu talento sem igual, os traduz perfeitamente nos desenhos das expressões de cada personagem. Já a carreira do desenhista Steve McNiven deslanchou dentro da Marvel, especialmente depois da clássica saga Guerra Civil (2006-2007). Fez Vingadores, Capitão América, Wolverine e, atualmente, está com os Guardiões da Galáxia. Fica a expectativa para os próximos volumes. A Panini já programou para este mês a sequência. A maior parte destas HQs ainda são inéditas. Vamos ver se, desta vez, os leitores brasileiros conseguirão ler a íntegra de Marvel Knights: 4.

CRISE NAS INFINITAS TERRAS

Dentro de todas as crises da DC Comics, literais ou fictícias, a mais marcante, que constitui uma das melhores histórias da editora – e dos quadrinhos – é a famosa Crise nas Infinitas Terras. Planejada durante quase 5 anos, projeto de Marv Wolfman e George Perez, o evento megalomaníaco serviu como um botão reset nas revistas DC em 1985. No Brasil a primeira saiu espalhada pelas revistas DC na Abril, em 1987. Depois, a mesma editora a republicou em três edições, em 1989 e em 1996, todas em formatinho. A Panini relançou pela primeira vez em formato americano, com nova tradução, em 2003.


Sinopse

Uma onda de antimatéria está erradicando universos inteiros. Para impedir a destruição, o Monitor reúne diversos heróis para viajar pelo espaço e pelo tempo e deter o processo. Mas há uma contraparte maligna, o Antimonitor, por trás do cataclismo. E um trio de personagens – a Precursora, o Pária e o filho do Lex Luthor da Terra-3 – poderá ser decisivo nesse combate destinado a alterar toda a existência.


Crise nas Infinitas Terras é uma história com uma missão. Além de ser a concretização de um sonho antigo de Marv Wolfman – um imenso crossover com todos os personagens da DC, de seus muitos universos e eras diferentes –, também foi feita para colocar ordem na casa e celebrar os 50 anos da editora.

A magnífica arte de Alex Ross

DC UM MILHÃO

DC Um Milhão (DC One Million) foi um evento crossover publicado pela DC Comics em 1997. Este apresentou uma visão do Universo DC no século 853 (século este escolhido pois era o século em que, assumindo-se que fosse mantida a publicação regular da editora, a DC Comics iria publicar sua primeira edição #1.000.000 de algum de seus títulos mensais atuais). A mini-série foi escrita por Grant Morrison e desenhada por Val Semeiks. O núcleo do evento foi uma mini-série em quatro edições, na qual a Liga da Justiça da América (de 1997) e a Legião da Justiça A cooperaram para acabar com um plano do supervilão Vandal Savage (que, sendo imortal, existe em ambos os séculos bem como em todos os séculos entre eles) e o futuro inimigo do Superman Solaris, o sol vivo. Todas as edições publicadas pela DC também colocaram uma edição única numerada #1.000.000, que mostrava o envolvimento dos personagens na trama central ou mostrava o que seus descendentes/sucessores estavam fazendo no século 853.


Na saga, vemos a Liga da Justiça discutindo sobre uma nova equipe que acaba de chegar, a Legião da Justiça A, que vieram de um futuro bem distante, o século 853, onde eles estão convidando os membros da Liga da Justiça para irem para o futuro e contemplar o retorno do Superman Prime, que seria o primeiro Superman (o atual), que após deixar uma dinastia para trás para proteger a Terra, foi em busca de poder e isolou-se dentro do Sol por 15 mil anos, e agora todos esperam seu retorno.

A saga foi lançada pela editora Abril, é possível de se adquirir em Sebos, no Mercado Livre, Estante Virtual, etc.

A Liga da Justiça vai para o futuro e a Legião da Justiça A fica para proteger a Terra. Porém com eles é deixado um vírus e o grande vilão Vendal Savage está fazendo acordos com Solaris, um computador solar vivo que fez um grande estrago na dinastia dos Supermen no ano de 70.001. O vírus precisa ser contido e no futuro a Liga da Justiça tem que enfrentar e derrotar Solaris.


Os desenhos são de Val Semeiks, sendo uma arte boa, não é nada especial, com traços típicos e usuais dos anos 90, o roteiro é muito interessante pois toda hora brinca-se com o passado e o futuro, pois a narração passa-se nas duas épocas mostrando as duas equipes. Uma curiosidade importante de DC Um Milhão é que Grant Morrison faz uma ligação muito grande com essa cronologia e com a história de Grandes Astros Superman, que passam-se na mesma era, mostrando a Dinastia Superman e o Superman Prime, e as 12 tarefas que Superman teve que cumprir.